Bulnes fica ali, a 4 km depois daquela casa, por um caminho de fazer a pé, difícil por de pedra solta e subidas sofridas mas de vistas inesquecíveis, do que ouvimos dizer.
Em Bulnes sabemos que, para além de ser impossível chegar de carro, a porta de entrada é só uma. A mesma da de saída. Não sendo condição a desprezar é suficiente para nos sentimos, lá, privilegiados.
Aparte isso, Bulnes já não é o povoado em isolamento que tinhamos no nosso imaginário. Tem Internet, albergues e servem um cabrito assado muito bom. Ao almoço.
Daqui podemos também subir ao Pico Urriello ou Naranjo de Bulnes, a 2.520 metros de altitude, uma das localizações mais visitadas na procura de vistas privilegiadas sob o maciço central do Parque Natural dos Picos da Europa. Embora fique a 15 minutos de distância, a pé e a subir, não o fizemos devido ao denso nevoeiro que previa muito condicionar as vistas.
Vagueámos por aqui.
Daqui fizemo-nos a Bulnes de Arriba (El Pueblo), que fica a menos de 5 minutos. Parte do povoado menos procurado mas que faz uma ligação mais real à crueldade do isolamento. Com uma pequena capela, tem um café com uma vista soberba sobre o extenso desfiladeiro por onde se faz o caminho pedestre de acesso a Bulnes.
Depois de concluirmos que já tínhamos visto o que era para ver, de sentir o que era para sentir, e de almoçar bem, regressámos a Poncebos pela volta do funicular.
Ficou um aquém das expectativas. Não tendo nada a ver, lembrei-me de Drave, e de como, por cá, ainda vamos mantendo sítios verdadeiramente isolados.
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