Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2022

Las Médulas

Entrar em Las Médulas é entrar no cenário de um filme. A área foi uma antiga exploração de ouro, na época romana, a céu aberto e que depois de abandonada foi, literalmente, tomada por uma floresta densa de castanheiros e carvalhos. Foi considerada a maior mina de ouro do império romano. É Património Mundial desde 1997. A extracção do ouro , crê-se desde a altura do Imperador Augusto, envolvia a escavação de galerias verticais que eram cruzadas em pontos estratégicos com galerias horizontais, que desabavam pela força da água. Toda a terra libertada era lavada e filtrada, resultante na extracção daquele minério, que era utilizado para cunhar moedas de ouro. Uma parte desta rede de canais pode ser visitada, com guia. A exploração foi abandonada no século III e o terreno deu origem a uma floresta de carvalhos e várias espécies de castanheiros, hoje centenários. O cenário é assim caracterizado por elevações de cor avermelhada ladeados por um verde cerrado e, nesta altura, pelo amarelo das f

Lagos de Saliencia

Os Lagos de Saliencia ficam em pleno Parque Natural de Somiedo, reserva natural da biosfera, ainda no Principado das Astúrias. O acesso aos lagos é feito a partir do parque de estacionamento no Alto da Farrapona. Para lá chegar, dependendo de onde se vem, há dois caminhos diferentes. Se o percurso indicar pela localidade de Torrestio, a partir daqui, são cerca de 4 km em estrada de terra batida. Nós optámos por chegar via Saliencia, embora um pouco mais longe (7,5 km) é sempre por estrada de alcatrão. Os Lagos de Saliencia não têm nada a ver com os de Covadonga. Embora sejam, também, um ponto turístico procurado, não tem tanta gente. E as paisagens são mais agrestes.  O primeiro que se avista é o Lago De La Cueva. Rodeado por montanhas é uma autentica cova: Seguindo o trilho, sempre a subir, depois do Miradouro De La Cueva, já cá em cima, passamos primeiro pela Laguna De La Mina que se encontrava quase seca mas de um contorno verde ainda bastante húmido: Subindo mais um pouco, aparece-

Lagos de Covadonga

  Finalmente conseguimos subir aos Lagos de Covadonga. Das outras duas vezes tal tarefa ficou impossibilitada devido ao nevoeiro que se adensava na subida obrigando a voltar para trás. Os lagos distam cerca de 14 Km da localidade de Covadonga, sempre a subir, num desenho de curva e contracurva que penaliza os 30 minutos de viagem. Tivemos que o fazer de autocarro devido ao encerramento do mesmo a carros particulares. Particularidade que, condiciona o fluxo de turistas e, este ano, se iniciou mais cedo. Os Lagos de Covadonga são três, embora só víssemos dois, o Ercina e o Enol. O Lago Bricial só permanece com água aquando do degelo, encontrando-se seco nesta altura. Os lagos são limitados a sul por cadeias montanhosas e a norte por uma extensa pradaria, verdíssima, por onde se tem de andar com cuidado, ao caminhar, devido às manadas de vacas mansas que por ali vagueiam a pastar. Para além dos lagos, dois outros lugares de referência e de obrigatória passagem, um é o Mirador do Príncipe 

Ruta Del Cares - Caín - Poncebos

Não há muito a dizer sobre a Ruta Del Cares. Fomos lá pela segunda vez e, embora tivéssemos deixado para trás o espanto, o fascínio parece ser maior. Desta vez decidimos dormir em Caín e regressar no dia seguinte a Poncebos. De forma que o caminho fez-se pausado. Já nos tínhamos esquecido de como é sofrido aquele inicio de 2 km a subir e em troços com muita pedra solta. Quem não sabe o que nos espera depois é de desistir logo ali.  Chegando cá acima abre-se a vista aquele desfiladeiro imenso. Garganta Divina, é como se chama. O que se percebe porque o trilho, rasgado na pedra, vai desaparecendo ao longe e só nos dá a perceber da sua beleza à medida que o vamos percorrendo. Os Picos da Europa é uma formação montanhosa calcária cujos pontos mais elevados se situam acima dos 2.500m. São na verdade formações geológicas muito idênticas às que existem na Serra D'Aire e Candeeiros, bastante porosas e percorridas internamente por grutas e tuneis por onde escoa água em grandes canais subter