Maio é o melhor mês para se caminhar. É nesta altura que as flores da giesta, da carqueja e da urgueira cobrem as montanhas mágicas enquanto nos vales a abundância das águas de Abril carregam nos verdes aquele ambiente feiticeiro que só nas serras do norte sentimos. Desta vez fomos até Castro Daire onde não deixámos que nada se intrometesse entre nós e a natureza.
Ficámos na Quinta da Rabaçosa um espaço fantástico mesmo à beira do rio Paiva onde as tecnologias não entram e todo o espaço é tomado pela sua simplicidade. O PR7 passa mesmo por dentro da propriedade o que permitiu tomar caminho sem necessidade de conduzir.
O trilho foi feito no sentido contrário aos ponteiros do relógio, acompanhando no inicio o rio Mau para de seguida subirmos ao ponto mais alto onde as vistas sobre os montes são soberbos passando por zonas que antigamente serviam de pastagem de gado e pela Mina de Porto Seixo onde não é aconselhável entrar.
No caminho para a aldeia da Granja existem vários pontos de interesse como a Cascata do Toqueiro, os Soutos do Redondelo, os Moinhos e Alpoldras da Ponte. Todo o troço é feito por entre floresta de um verde vivo a mostrar a abundância que as águas de Abril trouxeram criando um ambiente feiticeiro que só as serras do norte permitem.
Já na aldeia podemos ver os Palheiros do Fojo e os famosos Canastros de Castro Daire, da família dos espigueiros mas em madeira. No final da aldeia vira-se à direita para fazer um troço de caminho largo por meio de serrarias que, nesta altura, mais pareciam pinturas naturais tais eram as cores amarelas e lilases.
O último troço é feito pela margem do rio Paiva que em tempos de caudal elevado fica interdito obrigando a tomar um caminho alternativo que se encontra assinalado antes de começarmos a descer. Não foi o nosso caso e podemos aproveitar e apreciar o vale por onde ele corre.
Percurso muito bem marcado.
Trilha no Wikiloc aqui:
https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/pr7-trilho-das-levadas-castro-daire-71898883
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