Avançar para o conteúdo principal

Vale da Ribeira do Mogo (Alcobaça)

Trilho circular com inicio e fim em Chiqueda.
Iniciámos o percurso pelo lado direito entrando pela nascente do Rio Alcôa e seguindo para o Poço Suão e subindo o vale afunilado que acompanha a Ribeira do Mogo, afluente do Rio Alcôa. Preferimos neste sentido a fim de evitar a subida ingreme de Chiqueda até Longras.
Por cerca de 6 Km seguimos por entre vegetação tipicamente mediterrânica e margens com morfologia cársica.
Este Vale da Ribeira do Mogo situa-se no sopé da vertente oeste da Serra dos Candeeiros, atravessando a freguesia de Aljubarrota.
É um percurso sinuoso, de fácil caminho e denso de vegetação, com predominância dos carvalhos, medronheiros e sobreiros. Durante as chuvas este troço, por bastante húmido, deve tornar-se ainda mais bonito.
Aparentemente ao longo do trilho, este é acompanhado por uma levada natural (seca nesta altura) indiciando ter bastante água no inverno.
O final deste Vale desemboca na Estrada Principal que vem do Carvalhal para Ataìja de Cima, junto a um campo de futebol.
Daqui entramos num outro trilho designado de Vale Escuro e que nos leva ao lugar de Cadoiço.
Na entrada deste vale predominam as oliveiras e o terreno é mais técnico devido às inúmeras pedras que apresenta.
Antes de chegar à localidade do Cadoiço, o antigo trilho encontra-se interrompido devido a uma pedreira o que nos obrigou a alterar um pouco o percurso por forma a contorná-la iniciando o regresso com passagem pela localidade do Carvalhal e de Longras onde se inicia a descida para Chiqueda que deverá ser feita com bastante cuidado face aos aglomerados de pequenas pedras calcárias soltas.
Nesta outra metade caminhámos, grande parte, pelo planalto da serra avistando ao longe a Serra dos Candeeiros e entre nós, lá em baixo, o extenso Vale da Ribeira do Mogo.

A distancia percorrida foi de 12,87 Km (a indicação no wikiloc não está correcta)

https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/vale-da-ribeira-do-mogo-alcobaca-10-06-2020-50765963





















Comentários

Mensagens populares deste blogue

Rota dos Tuneis - Camino de Hierro

A portuguesa “Rota dos Tuneis” passou definitivamente a “Camino de Hierro - Ruta de Túneles y puentes” porque está agora, irremediavelmente, concessionada à exploração e gestão espanhola. E ainda bem porque, nestas coisas e em tudo o que é património, os nossos vizinhos não brincam.  Estamos a falar dos 17 km da  desactivada Linha do Douro, construída em 1887, totalmente percorridos em território espanhol. Esta linha de caminho de ferro que iniciava em Ermesinde e terminava em Barca D’Alva seguia para o lado espanhol, sobre o Rio Águeda, até La Fregeneda para dar lugar à rede ferroviária que ligava esta pequena vila a Salamanca. Está desativada desde 1985. O risco do percurso foi substancialmente reduzido com o melhoramento das travessias das pontes e a colocação de protecção em madeira nalguns pontos críticos. Para além disso colocaram casas de banho no 11ºkm e alocaram ao trilho recursos humanos e materiais que nos dão uma sensação de segurança ao longo dos 17 km. ...

PR7 Trilho das Levadas em Castro Daire

Maio é o melhor mês para se caminhar. É nesta altura que as flores da giesta, da carqueja e da urgueira cobrem as montanhas mágicas enquanto nos vales a abundância das águas de Abril carregam nos verdes aquele ambiente feiticeiro que só nas serras do norte sentimos. Desta vez fomos até Castro Daire onde não deixámos que nada se intrometesse entre nós e a natureza. Ficámos na Quinta da Rabaçosa um espaço fantástico mesmo à beira do rio Paiva onde as tecnologias não entram e todo o espaço é tomado pela sua simplicidade. O PR7 passa mesmo por dentro da propriedade o que permitiu tomar caminho sem necessidade de conduzir. O trilho foi feito no sentido contrário aos ponteiros do relógio, acompanhando no inicio o rio Mau para de seguida subirmos ao ponto mais alto onde as vistas sobre os montes são soberbos passando por zonas que antigamente serviam de pastagem de gado e pela Mina de Porto Seixo onde não é aconselhável entrar. No caminho para a aldeia da Granja existem vários pontos de inter...

Passadiços do Mondego

Os Passadiços do Mondego tem oficialmente 3 entradas. Uma junto à Barragem do Caldeirão, outra a cerca de 500 metros da aldeia de Videmonte e, para quem não for suficientemente corajoso para fazer a subida imensa e ingreme da barragem, há uma outra perto da aldeia de Vila Soeiro que o evita. Estas são as entradas oficiais que fazem parte do percurso, controladas por funcionários camarários confortavelmente instalados dentro de casas de madeira. O percurso tem também um troço acessível para pessoas de mobilidade reduzida ao longo do qual não existem escadas. Ao longo dos 12 km existem casas de banho. É uma obra fantástica. Não só pela dimensão mas também pela concepção e planeamento estratégico de valorização do interior, o que não é comum neste país. Nas palavras da Patrícia, habitante de Videmonte, a obra está bem feita mas “tem coisas a mais”. Entendi nas palavras, coisas a que não estamos habituados e lembrei-me que este percurso não fica nada atrás da Rota dos Tuneis e das Pontes e...