Passados 6 anos lá regressámos aquele enorme anfiteatro natural onde nos sentimos, sempre, tão pequeninos. Tanto quando olhamos para o horizonte
como quando observamos aqueles que, lá em baixo, vêm a subir da Cascata da Fórnea
para a Cova da Velha á procura de um fio de água do Ribeiro da Fórnea que, nesta altura, está sem pinga ou humidade.
O pior
mesmo é aquela subida até ao Cabeço da Fórnea cuja inclinação dificulta sempre, até os mais preparados, e que neste dia estava mais exigente devido ao calor que se
fazia morder ainda que amaciado com um vento do norte que, trazia para além da frescura, cheiros a ervas selvagens.
Cá
em cima a secura do solo reforçava a aridez destes solos calcários e
pintava de castanho todo o recortado planalto obrigando os muros cinzentos de
pedra solta (chousos) a parecerem mais altos.
Ao tomar o castelejo pela encosta do maciço o single track mostrava-se cerrado e avisava que por ali já não passa gente nem gado há uns bons meses.
Foram 16,87Km bem andados em 6 horas, com uma paragem para merendar pelo meio, que ficou incompleta sem a prometida ginja ou o bolo de ananás mas com grandes molhos de oregãos a deixar as mochilas bem cheirosas.
No final valeram os queijos e as broas de erva doce do Café da Bica em Alcaria, não sem antes desinfectarmos as mãos e colocarmos as máscaras.
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