Com saída do parque de estacionamento do restaurante Terra Chã Panorâmico, onde as vistas, que ainda não pagam os preços exorbitantes ali praticados onde uma cerveja custa 2,7€, permitem a prática do silêncio e da contemplação.
Após um circuito no sopé da serra, com passagem por Chãos, logo
antes de começarmos a subir a sério, passámos ao largo de Alcobertas e
desaguámos no Olho d’Água que tem o seu nome mas que se instalou no lugar do
Outeiro. Um pequeno canto, húmido, onde aquele liquido se mostra à superfície todo
ao ano e que, em tempos históricos, servia a população e o gado das aldeias circundantes.
Lugar bem arranjado, permite o desafogar de necessidades para quem aflito
esteja, numas casas de banho públicas a que não estamos habituados de tão
limpas e equipadas. O alívio, que aconselhamos, permite focarmo-nos na subida que
a partir dali teima em nos cansar até ao Parque de Merendas de Casais Monizes
onde permanecemos um pouco sobre as merendas que levámos às costas e que aliviou as
mochilas ao resto do caminho.
Já cá em cima, sentimos a razão de sermos assobiados pelas eólicas
que, situadas entre o elevador da Nazaré e o Farol do Cabo Carvoeiro, visíveis no
horizonte, aproveitam o vento marítimo que sopra de lá produzindo energia
limpa. Este troço é um pouco sem história não fosse a Lagoa da Serra dos
Candeeiros e do cruzeiro que um pouco à frente, mais do alto, lembra aqueles que
afogados ali padeceram por descurar a sua profundidade. Pena não termos
composto a estória do Parque eólico com uma visita à Gruta de Alcobertas que se
encontrava fechada.
Percurso típico deste Parque Natural que, com as mesmas características morfológicas de maciço calcário onde abundam a pedra solta e o mato rasteiro, é mais pobre em património do que os que percorremos na Serra D'Aire, pese embora no final a visita ao Moinho Velho da Terra Chã nos tente compensar disso.
https://pt.wikiloc.com/trilhas-caminhada/pr2-rmr-chaos-alcobertas-pnsac-94636103
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