Passados 6 anos lá regressámos aquele enorme anfiteatro natural onde nos sentimos, sempre, tão pequeninos. Tanto quando olhamos para o horizonte como quando observamos aqueles que, lá em baixo, vêm a subir da Cascata da Fórnea para a Cova da Velha á procura de um fio de água do Ribeiro da Fórnea que, nesta altura, está sem pinga ou humidade. O pior mesmo é aquela subida até ao Cabeço da Fórnea cuja inclinação dificulta sempre, até os mais preparados, e que neste dia estava mais exigente devido ao calor que se fazia morder ainda que amaciado com um vento do norte que, trazia para além da frescura, cheiros a ervas selvagens. Cá em cima a secura do solo reforçava a aridez destes solos calcários e pintava de castanho todo o recortado planalto obrigando os muros cinzentos de pedra solta (chousos) a parecerem mais altos. Ao tomar o castelejo pela encosta do maciço o single track mostrava-se cerrado e avisava que por ali já não passa gente nem gado há uns bons meses. Foram 1...
Se em algum dia conseguir expressar o que sinto nestes lugares posso morrer sem medos. Tento-o sempre baixinho não vá a morte resgatar-me à felicidade